segunda-feira, 26 de novembro de 2012

E AQUELAS MENINAS?





Eram duas. Na época, andavam pelos dez, doze anos, quase adolescentes.
Batiam à porta, todo dia, na hora do almoço, pedindo comida. Não se agradando do “cardápio”, jogavam tudo fora logo na primeira esquina.
Nunca foi possível manter um diálogo com elas. Pareciam habitar outro mundo.
Agora, já devem estar adultas. E desapareceram de nossas portas.
Pensar que estão bem instaladas  na vida, com marido, filhos bem cuidados, é ser muito otimista.
Mais certo é supô-las como vítimas de vícios ou desses crimes que vêm ocorrendo em nossa cidade, nos pátios de prédios abandonados. Crime passional, pela divisão de coisas roubadas. Ou drogas.
Na escola da vida em que se formaram, só podemos esperar algo semelhante.
A verdade é que as vilas da periferia se expandem assustadoramente, sem que se saiba de onde vêm e do que vivem seus habitantes. Os primeiros, supõe-se, são os gaúchos a pé, aqueles que perderam seu ganha pão na campanha e vêm tentar a sorte na cidade.
Mas os empregos são poucos, e os mais jovens descambam facilmente para o crime, o submundo, a marginalidade. Os valores da família são logo esquecidos. A própria família desaparece, aos poucos, e só restam os filhos de ninguém.
Pode parecer que os problemas sociais não existam, ou diminuíram, porque é raro encontrar um pedinte nas ruas do centro.
Mas a miséria continua escondida, com gente velha e doente, mas honrada, com vergonha de pedir. É preciso procurá-los, levar-lhes algum conforto , no meio da indesejável vizinhança de delinqüentes, mulheres da vida, arruaceiros.
Entretanto, a solidariedade ainda existe entre eles, e quando a gente vê gente humilde e carente repartindo o pouco que tem com seu vizinho mais necessitado, renasce a esperança de que o mundo dos homens ainda não está totalmente perdido.
Mas, e aquelas meninas, onde estarão agora?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E A FAMÍLIA COMO VAI?






Família – é lá que tudo começa. De um ato de amor e muita coragem, ela se forma um dia, primeiro a dois, meio perdidos no “enfim sós”. Largando pai, mãe, irmãos, a estabilidade de um lar de muitos anos, para lançar-se à aventura de constituir o “seu” lar!
Família, um ninho de amor para o bebê que desabrocha; o lugar seguro para onde voltam as crianças maiores de seus folguedos ou da escola; uma prisão para o adolescente que se rebela contra as ordens das horas de acordar, fazer as refeições, os deveres e de voltar a casa, entre outras exigências mais graves. O campo de batalha onde a mãe organiza e executa a economia doméstica, enquanto cuida do bebê, acalma as brigas entre irmãos, acolhe o marido cansado, queixoso dos gastos, que o salário não dá, estão gastando demais... Mas os chinelos e o chimarrão prontinhos à espera acalmam seu ânimo, e o cheirinho de cebola fritando no fogão dá esperanças de um gostoso jantar.
Depois da fome aplacada, a hora do cochilo gostoso na frente da televisão assistindo ao noticiário da noite, enquanto as crianças, uma a uma, se rendem ao sono.
Esse é o esquema ideal da família. Mas não é nem de longe a regra hoje em dia. Agora, mães que trabalham fora não aplacam as rixas entre Caim e Abel. Cansadas ao voltar do trabalho, quem lhes alcança os chinelos? É só reclamação, falta botão na camisa, vizinhos se queixam de suas crianças, o pequenino não se dá bem na creche...
No entanto, ainda é um lar. Onde o cheirinho de pão quente temperado de erva doce, a cera do assoalho, as frituras, o sabão, fazem uma mistura de aromas que cada família tem diferente. É sua marca. E chegar à porta de entrada, logo vem a sensação de estar em casa, entre os seus.
A família não se resume a isso. Há também os primos, tios, avós, padrinhos, todos presentes nos aniversários e casamentos. E nos enterros. Às vezes nos veraneios.
Primos que são amigos ou adversários. Tias queridas que dão mimos especiais a seus favoritos. É tão bom cair em suas boas graças! Os avós desculpando as faltas dos netos e salvando-os de prováveis castigos.
Vivências que  guardamos para a vida toda.
Quem não teve uma família, perdeu metade ou mais de sua existência. Não chegou a entender e valorizar a própria vida, quanto mais a dos outros.
Quem sabe daí vem o aumento da violência, a formação de gangues não só nas classes pobres, mas entre os jovens moradores das grandes mansões. Onde um pai muito ocupado com os negócios, a mãe entretida nas suas atividades sociais -  quase sempre estão ausentes.
A família neste milênio está em crise.  Os pais, em seu segundo ou terceiro casamento, os filhos visitando-os nos fins de semana, procurando ajustar-se com padrastos, madrastas, meios irmãos.
Para  que se encontre o remédio que torne cada lar igual à figura do Almanaque com a propaganda do xarope Bromil – de um lado várias casinhas explodindo de tanta tosse. De outro, as mesmas casinhas apaziguadas, na santa paz de crianças e adultos dormindo. Com a segurança que só o amor compartilhado pode trazer.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A FILA SEM PRESSA






Ali ninguém parece ter pressa. Afinal, o que há mais para fazer?!
A fila dos aposentados segue lenta e calma. Conversas em tom moderado, assuntos sobre doenças, remédios, falecimentos. De vez em quando um velhinho de bom humor conta uma piada inocente. Todos à volta se animam.
De tempos em tempos eles têm de ir ao Posto do INSS para provar que estão vivos. E cumprem essa exigência com boa vontade. Afinal, é seu interesse defender sua galinha de ovos de ouro – a Previdência Social – contra os “ fantasmas” que querem lesá-la.
Outras preocupações ficam do lado de fora, com os “menores” de sessenta anos. E que preocupações!
Comerciantes abalados com o pouco movimento nas vendas. Funcionários atentos à criação da famosa política salarial que não sai do papel, mas promete...
Os chefes de família assalariados não sabem mais onde economizar para as emergências. O cesto básico está subindo sempre.
As mães volta e meia entram em pânico com os perigos rondando seus filhos adolescentes. Agora, no início do verão, praia, festas, carnaval, ainda é pior!
O buraco na camada de ozônio aumentando sempre. Erros médicos ou negligência de enfermeiros em hospitais ocupando as manchetes.
O fim do mundo sendo anunciado e com data marcada.
Os velhinhos, na fila, não se espantam mais. Já passaram por outras crises, quando o mundo então parecia que ia acabar. E aí estão seus netos e bisnetos dando prova de que a vida continua.
Para os da “fila sem pressa”, cada dia é uma dádiva a mais na sua sobrevida. O importante é viver com toda a intensidade o presente, sem saudosismos pelo que passou ou o temor do que virá amanhã.
Por isso, enquanto o quarentão se apavora com as notícias dos jornais, o idoso observa emocionado a chegada da primeira cigarra deste verão...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SOL E SOMBRA






Na manhã clara, sem vento, apenas o sol era presença na rua, além de uns cachorros mal amados farejando o lixo das sarjetas, na falta de melhor programa.
Eis que tenho o privilégio de assistir ao exato momento de uma folha cair, desprendendo-se do ramo. Eu e um beija-flor que, de susto, voou de ré e foi explorar outra folhagem mais densa.
Passou por mim um idoso de bengala e não respondeu a meu cumprimento. Pensei: será que estou invisível?  Talvez o coitado não enxergue bem. Mas onde foram parar os moradores da cidade? Uma bomba exterminadora teria explodido terminando com a vida no planeta, e só eu e aquele velhinho...Ah, esses filmes de ficção científica mexem com a cabeça da gente!
Entretanto, no espaço de meia hora, calculei, nenhum automóvel andando na rua. Nem caminhão, ônibus ou qualquer veículo... ou pessoa.
Com saudade de gente e da vida passada, entrei numa loja, onde a proprietária esperava solícita o primeiro freguês do dia. Perguntei por lãs, linhas e uns tecidos de bordar da minha juventude, que não vejo há tempos! Mesmo que os encontrasse, o que fazer com eles, se em vez das antigas habilidades, agora só uso o computador?
Na televisão da loja, as notícias do dia: ônibus incendiados em Santa
Catarina
,  linhas da noite suspensas, e o povo sofrendo por falta de transporte e do medo das ruas. Quando chegarão até nós os vandalismos de nossos vizinhos?  Primeiro foi em São Paulo!...
 Por ora, respiro aliviada .. Enquanto meus conterrâneos aproveitam o pré feriado para ficarem em casa, o ar é só meu, a calma das ruas e os espaços também.



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SIMPLESMENTE VIVER...








Depois que termina o mês de outubro, o melhor é apertar o cinto, porque a corrida até o fim do ano ultrapassa a velocidade permitida. É tratar de fazer um pré-balanço, verificar o que foi planejado e não chegou a ser feito e pôr mãos à obra, num esforço concentrado para que o último dia do ano tenha menos sensações de culpa..
Porque o saldo quase sempre é negativo. Muito se projetou, pouco ou nada se cumpriu.
Mas a vida tem surpresas. Às vezes a gente pensa que fez grandes coisas, pois nos custaram sacrifícios, mas que ninguém lembra. Fica parecendo que nada realizamos para marcar nossa trajetória. E de repente somos lembrados com carinho por alguém, devido a um gesto bem simples, como oferecer uma carona ou o lugar numa fila de espera que não anda, em banco, supermercado, repartições... Ou até por parar o carro num cruzamento e acenar ao pedestre que passe.
As reações são as mais diversas. Uns desconfiam – quem sabe queremos atropelá-los - e não aceitam o convite. Outros nem olham a nossa cara e vão em frente. Há os que agradecem, num cumprimento de cabeça. Mas aquela senhora sessentona de cabelos brancos que encontrei numa esquina!... Como ficou feliz com a distinção! Entre surpresa e divertida, ela sorriu e fez um gesto maroto levantando o polegar como a dizer: “Valeu”.
Senti que uma corrente de simpatia passou entre nós, como se tivéssemos conversado longas horas desfiando mutuamente as histórias ingênuas de nosso dia a dia, que no fundo deveriam parecer-se: cuidados com a família, doenças, aniversários, carestia da vida, receitas culinárias e segredos de economia doméstica para encompridar o salário até o fim do mês.
Imaginei sua casinha asseada, os guardanapos de crochê feitos por suas mãos hábeis, à frente da televisão, depois dos trabalhos do dia. A cozinha cheirando a pão quente. Se ela fosse minha vizinha, por certo me traria uma prova, que eu iria procurar retribuir com algum doce, ao devolver-lhe o prato.
São coisas boas da vida que a gente não planeja, mas acontecem, graças a Deus. É só abrir os olhos e o coração, este coração doce de gente moradora e criada na “província” que não desaprendeu a arte de fazer amigos.

domingo, 4 de novembro de 2012

A VIDA E OS LIVROS










Não é à toa que o mundo tem a forma de uma bola: vivemos dando voltas sobre nós mesmos e a respeito de todos os acontecimentos. É a vida que vai evoluindo, evoluindo, até começar a dar ré!
Mas em tudo existe uma lição e muitas compensações.
Estava agora pensando como as leituras dos mesmos livros nas diferentes etapas por que passamos parecem sempre novas. É que cada vez que lemos a mesma história, certos aspectos sobressaem mais do que outros, e aqueles que nos enlevaram na juventude não são mais os que nos empolgam nesta hora chamada de 3ª Idade.
Hoje bendigo os tempos em que me foi dado comprar e ler livros. E com prazer releio os mais queridos, sempre com redobrado interesse.
Os romances policiais foram minha paixão desde os quinze anos.
Quando descobri Aghata Christie, a Dama do Mistério, foi como achar um filão de ouro.
Lembro que ficava fascinada pelos métodos de seus detetives desvendando  assassinatos e chegando aos culpados de maneira inteligente e sem violência. Até os crimes eram mais educados do que aqueles que aparecem agora nas crônicas policiais.
Hoje o que me agrada mais na sua leitura é o dom da escritora em realçar as coisas óbvias de nosso cotidiano com um encanto todo seu.
Gosto de Miss Marple na sua casa estilo vitoriano, em meio a seu mundo de louças da família, que a velhinha esconde da empregada estouvada que teima em empilhar tudo de uma vez só na pia, para lavar. Só de pensar nos prováveis estragos, a velhinha tem arrepios...
Miss Marple é uma das personagens de Aghata Christie. É uma velhinha suave, bisbilhoteira, que conhece muito bem a natureza humana, pois tem amostras de todos os tipos em sua vila St. Mary Mead, próxima a Londres. Ela descobre  facilmente as tendências boas ou más das pessoas à sua volta, e somando-as com as circunstâncias próximas e remotas, fica-lhe fácil chegar ao culpado.
Estou relendo (pela vigésima ou quinquagésima vez) um de seus livros, em que Miss Marple convalesce de uma forte gripe. A conselho médico ela tem de contratar uma enfermeira acompanhante que lhe tolhe a liberdade. Por isso ela fica sentada à janela, bem agasalhada, tricotando, mas seu pensamento voa além do jardim, onde um velho jardineiro concorda com todas as suas ordens, mas acaba fazendo só o que bem entende. E a boa velhinha não vê a hora de voltar às suas flores, às reuniões de senhoras da Paróquia e à sua vidinha ativa, apesar da idade avançada.
Ainda não cheguei à parte central da história - o crime -, mas esses preâmbulos me bastam, é interessante conhecer os perfis dos personagens que a escritora sabe tão bem descrever.
Fico imaginando a vida social da personagem, as reuniões com as velhinhas, o chá da tarde, os “muffins”. É onde rolam receitas de guloseimas, e o tricô ganha várias carreiras enquanto as novidades são trocadas com vivo interesse. O sistema de calefação faz esquecer o frio lá de fora. Ah, quem dera pudéssemos copiá-lo aqui nos nossos invernos!
Quando comparamos esse conforto com a miséria de tantos ao nosso redor, e os problemas sociais que se avolumam, os culpados de colarinho branco vivendo no luxo, ah, que vida bem complicada! Ainda bem que o julgamento do Mensalão nos dá alguma esperança de que ainda há gente honesta nas altas esferas. 
É bom viver o presente, e esses momentos de paz, na leitura de um bom livro, num ambiente aprazível, não é de desprezar-se. É preciso curtir! A vida flui, e os problemas se resolvem com o tempo! Vão aparecer outros, é o nosso mundo!...

sábado, 3 de novembro de 2012

VIVER É MUDAR








Foi ficando cada vez mais difícil escolher o presente de aniversário para o meu netinho. Depois de seus nove anos, as lojas de brinquedos não tinham mais o que lhe oferecer. O que interessava era só o computador e a Internet. Para acompanhá-lo, perdi muitas partidas de jogos eletrônicos, nunca conseguia alcançá-lo. Até minhas palavras ele estranhava e corrigia: “Não é estufa, vó, é aquecedor, é ar condicionado...” Se falo em toca disco, lá vem a correção: “É CD”
Mesmo assim, nos entendíamos às mil maravilhas. Com a linguagem do coração. Ele me dizia “Te amo, vó.” E eu respondia. “Eu também te amo.” Ele insistia que me amava ainda mais. Para encerrar a discussão, o danadinho me vencia com esta tirada: “Te amo ao infinito. Aí eu me retirava de campo.
Quando me acordo, a cada manhã, fico pensando como a vida mudou. Quanta novidade por conta da tecnologia e dos novos relacionamentos familiares. E fico lembrando meus despertares de menina, no quarto da frente da casa de meus pais. Não havia venezianas. As janelas eram altas, e um buraquinho nos postigos, cobertos com uma cortina de renda, funcionava como cinema. Onde eu via as imagens da rua. Invertidas. De cabeça para baixo. Coloridas. Não entendo de Física, mas deve ser um fenômeno natural de reflexão da luz. Sei lá. Eu ficava vendo os vultos que se encaminhavam para o açougue em frente a nossa casa. Ouvia o barulho dos pratos fundos (as embalagens da época) no balcão de pedra. E a conversa  e risadas das empregas domésticas, as maiores freguesas. Seu Carlos era gentil e devia ser engraçado, porque elas riam muito. Falavam dos namorados. E voltavam cantando para o trabalho que não tinha hora certa para acabar. Foi antes da CLT...
Nossa empregada, na ocasião, era a Cesárea. Acho que ela não gostava de nós. Queria distância, e seu humor variava de acordo com o comportamento do amado Caburé. Devia ser um malandro, pois seguidamente aprontava. E nós é que pagávamos. Comida salgada, carne queimada ou dura, um despropósito.
Quando eu tinha febre (sofria das amígdalas), mamãe me entretinha fazendo bonecas de pano. Procurava em sua cestinha de costura alguns retalhos e dali saía a nova personagem. Certa vez, o pano era preto, e ela fez uma negra. Achei-a parecida com a nossa serviçal, por isso a chamei de Cesárea.
Anos depois, em férias no sítio do Dindo – a  inesquecível Charqueada do Paredão

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DIA PARA SENTIR SAUDADE




Dia de Finados. Cada ano o mesmo reencontro com pessoas de nosso passado que retornam à terra para homenagear seus mortos. Sempre aquele vento norte que prenuncia chuva, trazendo  consigo as lembranças dos que partiram. Há um silêncio reverente, as conversas são a meia voz, as lágrimas contidas, os sorrisos discretos, enfim, o dia é dos mortos, e a eles toda a consideração...
O relógio da vida parece que retrocede, depois que assimilamos o impacto de rever os estragos que o tempo causou aos nossos conhecidos que não víamos há pelo menos um ano, e que eles também devem ter notado em nós,... Pois, ao fim da entrevista, voltamos a ver nessas pessoas aquilo que elas foram nos anos de nossa antiga convivência. São os mesmos jovens do tempo em que ainda estávamos decidindo o futuro, o emprego, o casamento, para onde ir e morar. Agora eles falam de filhos, netos e até bisnetos, porque a vida não para de acontecer...
Alguém chora e se confessa arrependido por uma escolha mal feita contrariando os conselhos dos pais. Agora essa pessoa entende, com a experiência que a vida lhe deu, como os jovens poderiam evitar desgostos se ouvissem a palavra de seus velhos. Mas cada um tem o direito de errar por sua própria cabeça e só aprende depois do “leite derramado.” Por isso as orações pelos mortos, no Dia de Finados, são um misto de saudade e de pedido de perdão... Como eles sofreram, coitadinhos, com nossos erros e tropeços!
Mas há também instantes de doce ternura e paz, quando  podemos recordar, sem culpa, a convivência que tivemos a felicidade de gozar com nossos queridos que já partiram desta vida. São os momentos inesquecíveis de partilha e mútuo afeto que fazemos questão de lembrar, pois enquanto permanecerem em nossa memória e em nosso coração, todos eles estarão vivos, porque o amor é mais forte do que a morte.
Dia de Finados - dia de saudade dos mortos e de reencontro com os vivos e conosco mesmos, numa reflexão calma e ponderada sobre a vida e seus caminhos...