domingo, 19 de janeiro de 2014

Á ESPERA DA CARONA






Ver-se livre dos incômodos do ônibus – que até nem são tantos. As paradas que não são as nossas preferidas, os horários, os lugares nem sempre à janela - receber uma carona é uma graça. Ainda mais de um motorista tão correto e pontual que até os vôos internacionais o respeitam. Pois é, essa rica criatura nos levou a Paris, e as viagens saíram todas no horário, não houve extravio de malas, nem outros transtornos.
Pois é, mas há caronas que abalam nossos nervos. Dizem que vamos sair às oito, a gente contata com o parente lá do destino combinando encontrá-lo no almoço, e o motorista só nos aparece horas depois do combinado.  Planos desfeitos. Que fazer?
Lembro horas de pavor na estrada, quando o dono da viagem perdia a calma quando ultrapassavam seu carrinho que nem era lá essas coisas. Mas ele dizia que sim, nenhum o vencia na corrida. Eu me via esmagada por caminhões pesados ou carrões bem potentes. Ainda bem que não aconteceu.
Noutras ocasiões era uma colega que se achava o máximo na direção. A estrada era de terra solta, aquele areial, e a menina não suportava ser ultrapassada. Não adiantavam os rogos da irmã dela que ia junto. Eu nem piava, afinal, eu era uma simples carona...De olhos fechados, prevendo o pior, quando os abria após uma ultrapassagem perigosa, não dava para ver a estrada à frente. Era uma nuvem de poeira que demorava a dissipar-se. E se viesse outro veículo contra nós? Felizmente estamos ilesas, eu e a minha caroneira, que ainda dirige e, que eu saiba, não sofreu nenhum acidente. Só pode ser a proteção de
Deus que nos quer vivendo para fazer algo de bom. Quem sabe?
O mês de janeiro está no meio, e meu tempo de escrever não chega nunca. Por isso, ao sair para as praias, vou deixar este texto, feito às pressas e em busca da inspiração que não chega. É para não deixar em branco meu espaço no blog. Compromisso que assumi comigo mesma. Deus sabe por quê.