Só não concorda com a gente que o ano passou ligeiro demais são as
crianças. Para elas, como demora o seu aniversário, o natal, as férias!...
Se formos contar tudo o que aconteceu em 2016, na vida pessoal e
coletiva, vamos levar vários dias lembrando e deixando escapar muita coisa que
ficou escondida. Ou mal explicada. Cada um, porém, recordará os episódios que
mais lhes disseram respeito.
Vou deixar para a mídia fazer o retrospecto. Porque aprendi que “não
adianta chorar sobre o leite derramado”, ou viver de lembranças lamentando que
“no meu tempo não era assim.” O que vale é olhar para a frente e adaptar-se às
novas circunstâncias.
Adotei desde jovem o jogo do contente, que aprendi lendo o romance
juvenil “Polyana”. Somado à minha fé em Deus, esse
método vem dando resultado, pois a cada acontecimento desagradável fico
pensando que poderia ter sido pior. E tenho acertado.
Muitas vezes, mais tarde, fica provado que o nosso pretenso fracasso
acabou dando-nos outros caminhos mais favoráveis. E a gente sente que Alguém todo-poderoso
vela por nós.
Diante de tanta corrupção e desestímulo ao povo, a funcionários públicos e
trabalhadores – as maiores vítimas -, além do desemprego em ascensão todo o ano
e agora mais ainda em vésperas do Natal, é difícil pensar positivo, mas não
impossível.
Pois alguns acontecimentos não podem ser esquecidos e merecem louvor. Cada
manhã, ou à tardinha, passando pelas ruas de nossa cidade, fico contente de ver
os caminhões da Limpeza Pública recolhendo o lixo de cada quadra. O que seria
de nós se faltasse esse serviço na Administração Municipal! E os canteiros com
flores colorindo a Avenida Coriolano Castro são um refrigério aos passantes,
que se detêm a contemplá-los, alguns até tiram fotos. Praças de brinquedos bem
protegidas para as crianças - velho sonho dos caçapavanos - e academias de
ginástica ao ar livre destinadas aos adultos, agora já são realidade.
O novo Posto de Atendimento, perfeitamente equipado; a Policlínica
reformada, os Postos de Saúde funcionando nas vilas; e as vans levando
pacientes a consultas ou tratamentos em outras cidades... A distribuição de
remédios, dentro do possível.
Quem se queixa de alguma falta, não avalia o que é administrar a coisa
pública sem os recursos do Estado e da União que não chegam nunca ou vêm
atrasados ou só em parte.
Professores da rede municipal recebendo o piso salarial que poucos
Estados conseguem pagar! Alunos fazendo viagens de intercâmbio cultural para
outros países. Eventos acontecendo, o Festival do Folclore com os talentosos
Chimangos, lançamento de livros de autores caçapavanos, a Feira do Livro
recebendo escritores celebrados, quanta coisa boa. Esses momentos de convívio
com gente que sente o mesmo que nós são preciosos.
Nossas famílias, nossos amigos, como são fiéis na alegria e na tristeza,
e também na maneira de pensar a vida e sentir como nós, dando mais valor ao ser
do que ao ter ou parecer.
Prefeito Otomar, obrigada. Sua administração foi o ponto alto deste ano
de 2016.
Feliz Natal, Caçapavanos natos e
adotados! E um abençoadoAno Novo.