Ela é mesmo uma praguinha. Chega de mansinho, vai-se insinuando, e quando
a gente menos espera, já tomou conta do nosso cotidiano. É a Maria Edu arda,
essa fofinha que chegou à nossa família para
minha maior alegria.
Por que esse apelido? Vendo minha tristeza por não conviver com meu neto
querido, depois da separação dos pais, minha mana Doty, a meiguice em pessoa,
me consolava –“Ainda vais ter uma
netinha bem carinhosa perto de ti.” Eu não esperava, mas essa praga vinda de
alma tão boa não podia falhar.
Ela vai fazer um aninho agora em abril, se Deus quiser. Neste ano que passou
quantas histórias já contou com suas gracinhas, seu desenvolvimento saudável,
próprio de um serzinho muito querido, que foi esperado com tanto carinho e tratado
com todos os cuidados.
A Praguinha da Vó Doty promete...
Na minha casa, que ela visita mensalmente desde que o rigor do inverno acabou,
ela já tem seus cantinhos prediletos.
Chegando ao meu quarto, pede logo com o olhar e os gestos que alguém
ligue a TV. É para ver a Peppa, a porquinha que conquistou a criançada desta
nova “fornada”. No tempo do João Vítor, dezesseis anos atrás, eram os
Teletubes... Cada turminha com seus ídolos da época.
E quando vai ao quarto dos pais onde está seu bercinho, ela insiste que
liguem o computador. E fica apontando
para o pano de fundo – sua foto no meu colo – na maior emoção, entre risos e
lágrimas. O que será que ela pensa? O que ela sente? Que guriazinha!
Desde que chega a um novo ambiente, vai olhando para todos os lados e
fixa com firmeza as pessoas ao redor. Depois, olhando nos olhos da gente, ela
sorri, não digo mostrando todos os dentes, porque só tem dois, mas com uma
alegria contagiante que dá vontade de abraçá-la e beijá-la até dizer chega. É
um amor!
O porteiro do prédio de seus avós, em Novo Hamburgo , profetizou sua vocação: vai ser juíza, porque
analisa tudo muito bem. Quem sabe?
Maria Edu arda já está na escolinha. Como é seu natural, chegou lá
sorrindo e olhando tudo com muita atenção. Teve uns momentos de chorinho, mas
logo se conformou. Agora ela é da casa, como diz sua professora.
Gosta de brincar com suas bonequinhas, o coelhinho da Mônica e outros
brinquedos. No entanto, parece entreter-se mais com as embalagens de Omoprazol
que eu juntei numa cestinha forrada de pano com muito jeito pela Lígia, minha
funcionária. Ela e a Santinha, a acompanhante da noite, aguardam suas visitas
com muita satisfação. É queridinha das duas a quem brinda com aquele olhar e
aquele sorriso que a fazem tão atraente.
Obrigada, Doty, por essa praguinha que me rogaste com tanta vontade de me
ver feliz.
Rogo a Deus que a preserve com todo o seu viço. Para que tenha uma vida
muito feliz e abençoada, rodeada de seus amores que a adoram. Amém.
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