sexta-feira, 21 de junho de 2013

PELÚCIAS, BANLONS, MOLETONS










O inverno chegou com a cara dele -  chuva, cerração, frio. E na hora certa. Bem como o outono deste ano que foi só amanhecer o primeiro dia da estação, e as temperaturas ficaram amenas, as copas das árvores foram-se desfolhando, as folhas ficando amarelas e algumas bem vermelhas, dando um colorido bonito às nossas praças.
Fiquei me lembrando do prazer que sentia na infância em acompanhar minha mãe à loja de seu Juanico. Lá ela comprava pelúcias e fustão para os nossos pijamas de inverno. Eles tinham figuras de bichinhos que proporcionavam momentos bem divertidos ao admirá-los.
Desde então, as estações tiveram muitas variantes, fazendo calor no inverno e frio nos dias de Natal. Mas agora parece que se comportaram, obedecendo aos velhos padrões.
O que tem mudado e muito são os tecidos de inverno. Há tantos nomes estranhos, geralmente em inglês, apresentando os conjuntos de blusa e casaquinho que têm sido a moda atual. E o couro das jaquetas passou a ser sintético, em nome da proteção aos animais. Peles, nem pensar. Nota dez aos casacões de nylon de agora - os parkás -  que são verdadeiros blindados protegendo-nos do frio. É só puxar o zíper, e nenhum arzinho manhoso penetra. E são leves, diferentes dos pesados casacos de antigamente. Para complementá-los, as mantas leves ou de lã para proteger o rosto.
Antes da moda da calça comprida e da “licença” para as mulheres usá-la, ainda no meu tempo de estudante, lembro-me que as pernas ficavam desprotegidas, até que surgiu a moda da meia americana que ia até um pouco abaixo do joelho.  então era só o carpim, hoje soquete, protegendo apenas os pés. E a vida era bela, a gente se animava a sair à noite para assistir ao cinema ou a algum torneio de vôlei ou de basquete, na escola ou na praça central. Ainda bem que os jovens estarão sempre aí para enfrentar as intempéries com o calor de seu entusiasmo e fazer a vida continuar a ser vivida.
Quem falou que a juventude de hoje está alienada teve de voltar atrás diante dos últimos acontecimentos. Cara pintada do fim da ditadura é “café pequeno” comparada com as movimentações de agora nas capitais e cidades brasileiras. Dá medo, mas as coisas erradas das altas esferas levaram a isso. A revolta íntima foi crescendo, crescendo até explodir.
Estamos na raia, os idosos e aposentados, mas isso não quer dizer que nos acomodamos. No mínimo estamos rezando para que surjam líderes patrióticos e altruístas que pensem em assegurar o bem comum. Livrando-nos da ganância de políticos que representam o povo, mas só pensam em usufruir vantagens. Não dá mais para dormir tranquilo quando sabemos que estamos sendo governados por gente que deveria estar na cadeia, tais os descalabros praticados.
Devem aparecer alguns Tiradentes, mas que não sejam martirizados, pelo contrário. Que sejam seguidos e que nossa pátria volte a viver dias tranqüilos de paz, fartura e bem estar. Amém.




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