Ainda ecoam em nossa memória as cantatas de Natal na Praça da Matriz.
Ainda presentes na lembrança aquelas vozes infantis saudando o doce menino. E
os shows musicais e artísticos de muito bom gosto na praça e no Forte foram uma
homenagem ao povo desta terra que merece estes momentos de encantamento, depois
de um ano de muitos reveses. Apesar de seus esforços. Ele sabe apreciar a arte
e se emociona com a beleza que nossos artistas sabem manifestar.
A árvore de Natal deste ano superou as anteriores. Linda mesmo. Luzes
coloridas na rua principal saúdam a data mais encantadora de nossa cristandade.
E permanecem acesas para aguardar um novo ano, que agora tem um profundo
sentimento de esperança, de boa vontade e solidariedade.
A palavra de ordem é renovação. A começar pelas folhas mortas,
dissabores, rancores e recalques que não deixam o coração expandir-se. A vida
tem suas nuvens negras, é verdade, mas o sol também aparece na maior parte das
vezes. Vamos esquecer os aborrecimentos, as ansiedades. É preciso aproveitar o
tempo que nos é destinado neste mundo. Não vale a pena sofrer, quando fomos
criados para a felicidade.
Somos um povo que não se abate com as agruras e injustiças. Conhecemos o
nosso valor que não se traduz em cifras, mas em potencial humano. Vamos sair da
crise mais fortes, depois que a limpeza oficial não poupou a sujeira debaixo dos
tapetes das mansões dos poderosos.
Acho que estamos superando a Itália no seu combate à Máfia. Nossa Polícia
Federal e a Justiça não têm poupado os
até então privilegiados.
É hora de valorizar o bem e a honestidade. Deixar de seguir os exemplos
que vêm lá de cima. Devolver a carteira e o celular achados na rua ao legítimo
dono. Importar-se com o meio ambiente, preservando a natureza dos entulhos e da
degradação. Plantar em vez de derrubar árvores. Semear, cultivar e colher com
trabalho, dedicação e esperança. Respeitar o próximo e socorrê-lo nas
necessidades.
Somos ricos, temos terras a perder de vista, rios, cascatas e ventos que
captam energia, paisagens paradisíacas para atrair o turismo. Poetas, músicos,
escritores, pintores e escultores que se inspiram e exaltam nossas belezas
naturais. “Não há, ó gente,/ ó não luar
/como este do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense, quem se lembra? Quem
acha tempo para contemplar esse luar?
Vamos começar um novo ano com a graça de Deus e todo o otimismo. Será
também o Ano da Misericórdia. Perdoar e ser perdoado. A alma fica bem leve.
E os dias futuros, com nossos propósitos de boa vontade, serão abençoados
e mais felizes que este ano que passou.
Aleluia!
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