Paradoxo. Essa palavra está “buzinando” na minha cabeça há dias. Desde
que fui à praia para minha mini-temporada, e durante a volta na complicada
viagem pelas estradas com buracos e trânsito difícil, ela não me sai do
pensamento.
Pois é. Tudo isso ao considerar por
que as pessoas saem de seu conforto habitual, sua casa, cama, chuveiro, rotina,
para enfrentar situações diferentes e na maioria das vezes mais estressantes do
que as comuns.
A TV está sempre mostrando imagens de esportes radicais, ou de viagens
para lugares exóticos e sem o mínimo conforto, onde os protagonistas buscam
enfrentar desafios que parecem impossíveis para as pessoas medianas. É um apelo
para viver aventuras que seu cotidiano está longe de oferecer.
Fui ao Google buscar o significado da palavra: “Paradoxo é uma situação
que contradiz a intuição comum.” Ou: “o oposto do que alguém pensa que é
verdade.”
Nas BRs sem funcionamento dos pedágios, aquele caos. Agora agravado pelas
fileiras intermináveis de carros de turistas argentinos rumo às praias, em
velocidade vagarosa, aumentando o tempo dos percursos, o consumo de gasolina e
danificando os freios e a paciência dos passageiros.
Penso que ainda é pouco comparado àquela massa de carros das estradas
paulistas rumo às praias de lá. Pessoas estressadas procurando relaxar em fins
de semana tão curtos, aumentando seu estresse na ida e na volta. Poucas horas
de lazer para aproveitar. É um verdadeiro paradoxo. Tenho razão?
Pensando bem, até que é bom sair da comodidade e passar por momentos de
desconforto para aumentar nossas experiências e sentir o prazer de voltar às
bases, aos velhos hábitos, ao convívio das pessoas de nosso dia a dia.
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