Deixei de acompanhar novelas na televisão. Bastam-me as complicações da
vida real. Sofro muito com elas; por que ainda vou sofrer com as desditas dos
personagens fictícios?
Às vezes, confesso, dou uma “olhadinha” na tela para ver se as coisas
melhoraram, mas me canso de ver as brigas, traições, esforços em vão dos que
desejam o bem, e os contragolpes dos mal intencionados que terminam com seus
sonhos. Em vez de distrair-me, fico angustiada, e preciso de boas notícias para
acalmar-me. Dou graças quando elas vêm alegres e cheias de otimismo pelo
whatsapp. Mas, no frio que anda fazendo, não é raro saber de familiares
doentes, gripados, com bronquites e outros transtornos próprios do inverno.
Ainda bem que o segundo semestre está chegando. Uma nova página. Que seja
mais conclusiva, e os segredos de Estado se revelem por inteiro. É nossa
esperança. Do jeito que vai indo, como vamos explicar esse trecho de nossa
História às novas gerações? Golpe ou impeachman? Pedaladas ou contas do governo
aprovadas? Quem fala a verdade? A mídia nacional ou os jornais estrangeiros que
desvendam o que se passa nos bastidores de nossa política – ou melhor dizendo, politicagem?
E acusam nossos grandes jornais de mascarar a verdade. Quando saberemos? Talvez
no Juízo Final.
Mas a vida não para e segue sua rotina. Breve os jardins de nossas casas
vão alegrar-nos com suas flores que agora sofrem tanto com as geadas. Nos
campos, haverá por certo um renascimento das pastagens, e cordeirinhos e
terneirinhos alegrarão a paisagem com suas traquinagens. Como eles brincam!
Pêssegos terão melhor safra do que o ano passado. Assim as uvas, dizem os
entendidos.
Plantações de soja, arroz e outras prometem boas colheitas. Dependendo, é
claro, das oscilações climáticas até lá.
Os dias serão mais claros e mais longos, assim espero. Como estão curtos
agora! Não dá para fazer metade do agendado. Sobra a noite, mas é hora do
descanso.
As notícias serão mais alegres, se Deus quiser... Novos personagens reais
animarão nossas esperanças. Que bom saber que temos um caçapavano, delegado
federal brilhante – como revelou na última edição minha sobrinha Rosalília –
fazendo parte dos trabalhos da Lava Jato, por sua competência e caráter. Thiago
Machado Delabary honra as tradições de Caçapava e nos enche de orgulho.
Dá para ver que nossas famílias e escolas locais ainda são capazes de
formar dignamente os jovens da terra, que seguidamente se destacam
positivamente na vida do país.
E acreditar que nem tudo está perdido, e a vida, dum jeito ou de outro,
continua.
Anna Zoé S. Cavalheiro
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